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Archive for the ‘Funcionamento da mente’ Category

É preciso entender rapidamente o que significa enxergar. Você já parou para pensar nisso? Já se perguntou se o que você vê é realidade? Pois é, sou obrigado a dizer que não. Não é realidade. Da mesma forma que uma fotografia é apenas uma cópia de um instante limitado, o que achamos realidade é uma seqüência de instantes que percebemos com os nossos órgãos dos sentidos, que captam luz, cheiros, calor, sensações, transformam isso em impulsos eletromagnéticos e são decodificados no cérebro, através das idéias que você acredita. Vou dar um exemplo bem prático: se você vê um homem apertando severamente os braços de uma criança, gritando com ela na rua, e a arrastando calçada abaixo, pode sentir-se extremamente ofendido e “tomar as dores” da criança. Acha que está ocorrendo um abuso de autoridade. Pode, inclusive, chamar a polícia. Porém, uma outra pessoa pode simplesmente olhar a cena e pensar: é um pai dando disciplina para o filho. Percebeu? A imagem é a mesma, mas a interpretação é totalmente diferente.

A pessoa que vê abuso, está certa, segundo os padrões dela. E a pessoa que vê disciplina e educação, também.

E tudo o que você vê na vida é assim. É uma opção ver o mundo com olhos compreensivos ou críticos.  Mundo é bom ou mau, ou muito pelo contrário, como dizia vovô. E será que, conforme o que vemos do mundo, estamos influenciando a saúde ou a doença em nossos olhos? Será que a nossa mente, nossos pensamentos e emoções criam doenças e prejudicam a saúde e… por outro lado, pode também reverter o quadro? A mente tem o poder de curar o corpo? A resposta é: sim! A mente que acredita na saúde como sendo a real natureza humana, ao invés de focar-se na doença e nos problemas, é o princípio básico para a cura.

 

A cura da cegueira

 

Sempre me espantou o relato bíblico das curas que Jesus realizava, em relação aos cegos. Mesmo criança, ao ouvir o velho padre alemão e seu indefectível sotaque carregado falar sobre os milagres, eu, ainda em calças curtas, ficava num misto de espanto e incredulidade. Mesmo sem entender e, as vezes, aceitar que a fé possui um forte incentivo ao restabelecimento da saúde, ao crescer, deparei-me com a questão das curas ditas impossíveis. Não apenas no âmbito religioso, mas principalmente observando a história de seres humanos comuns, como eu e você, que, ao se virem frente-a-frente com uma doença ou problema físico, resolveram vê-los como uma oportunidade de manifestarem a força vital da cura… em si mesmos. Meir Schneider, ucraniano que nasceu com catarata congênita e, após cinco cirurgias mal sucedidas, foi declarado oficialmente cego aos sete anos de idade, é um destes casos. Recusando-se a reconhecer-se cego, adaptou o método do americano William Bates de exercícios da visão, incorporando massagens, exercícios físicos e, obstinadamente, entregou-se ao trabalho diário de vencer a escuridão. Sob os olhares descrentes de conhecidos, amigos e familiares, após 18 meses de trabalho intenso de até 13 horas diárias, Meir voltou a enxergar. Adulto, residindo hoje nos Estados Unidos, criou e desenvolveu o método self-healing de auto-cura, que utiliza a capacidade natural do ser humano se recuperar a saúde “esquecida” em algum momento do passado.

 

A saúde dos olhos

 

Portanto, uma das primeiras idéias para a recuperação de problemas de visão, como miopia, cataratas, astigmatismo, glaucoma, entre outros, é permitir se ver saudável. Nenhum tratamento, seja ele alopático, alternativo ou natural, resiste à pessoa que olha para si mesma e se vê doente, em sua essência. A essência de qualquer ser humano é vida, é saúde. Segundo os hindus, prana. Segundo os chineses, chi. A partir desta premissa, é possível trabalhar corpo-mente-emoções-sistema familiar, restabelecendo a sua saúde física, psíquica e sistêmica, abrindo um campo para que se manifeste novamente a saúde em sua vida. Quatro pontos específicos podem e devem ser trabalhados, neste processo:

 

relaxamento: o estresse é um dos fatores primordiais na miopia, segundo Meir Schneider. “muito poucas pessoas nascem com miopia, a maioria delas desenvolve a miopia. Nossos exercícios incluem relaxamento, o ajuste a diferentes frequências de luz, aprender a olhar diferentes detalhes do que estamos acostumados, mudar nossos hábitos visuais, como prestar atenção na visão periférica e olhar longe e todos esses exercícios liberam muitas pessoas de usar óculos.”

crenças e emoções:  segundo a terapeuta da visão Sylvia Lakeland, nossa companheira de trabalho, “aquilo que não quero ver” é um importante componente emocional a ser trabalhado, no processo da cura da visão. O psicólogo alemão Thorwald Dethlefsen diz exatamente isso, discorrendo sobre a miopia: “a miopia força o míope a encarar de perto o que de fato lhe diz respeito. Ela traz o ponto de visão mais aguda para perto dos olhos, aproxima-o da ponta do nariz. Com esse processo, a miopia demonstra de forma física o alto grau de subjetividade do míope, além de ajudá-lo a conhecer-se tal qual é. Na verdade, o autoconhecimento genuíno leva necessariamente as pessoas à sua subjetividade. Se elas não a puderem ver (ou enxergarem muito mal) então a pergunta eficaz é: o que é que não quero ver? E a resposta é sempre igual: eu mesmo.”

– treinamento dos músculos dos olhos: O relaxamento da mente e da musculatura ocular é fundamental para melhorar qualquer deficiência visual. Os olhos são órgãos, que trabalham cerca de 17 horas por dia e, mesmo durante o sono, se movem e o nervo ótico é estimulado.

sistema familiar: a ciência atual crê na origem genética de diversos tipos de doenças. Indo por um caminho paralelo, a terapia da constelação familiar sistêmica demonstra que causas emocionais do passado familiar podem causar sintomas e doenças, já que este carrega, inconscientemente, estes fatores emocionais que influenciam diretamente o seu sistema biológico. Ao serem expostas estas causas ao cliente, abre-se um espaço para a solução do sintoma. Bert Hellinger, terapeuta alemão criador deste processo terapêutico, diz: “às vezes, através de uma doença manifesta-se algo que o doente não quer reconhecer, por exemplo: uma pessoa, uma culpa, um limite, seu corpo, sua alma, uma tarefa e um caminho que deve seguir. A doença obriga a uma mudança. Por isso, o terapeuta alia-se ao motivo e ao objetivo da doença, por exemplo, com a pessoa excluída, com a culpa refutada, com o corpo desprezado, com a alma abandonada, com a misericórdia e a chance que se revelam na doença.”

 

Como você vê, a recuperação da visão através de um processo natural, que trabalha o corpo, as crenças e emoções é possível. É necessário querer, em primeiro lugar. Em segundo, perceber-se como um ser holístico, formado por corpo, hábitos de vida, hábitos alimentares, pensamentos, emoções e sistema familiar. Você é você, mas também você é seu pai e mãe, avôs e avós, e assim sucessivamente. A sua saúde depende da sua consciência de quem você é. E das atitudes que você toma a partir desta consciência. Vou encerrar este artigo com as palavras de Meir Schneider, alguém que, por ter recuperado a sua visão após a cegueira, é a pessoa mais abalizada a falar sobre isso: “a sua visão pode melhorar. Digo isso com segurança, mesmo que o seu oftalmologista diga o contrário. Não tem importância se a sua visão pode ou não ser corrigida com óculos, se a perda da visão é pequena ou se você é quase cego, ou se a origem do seu problema é genética, ambiental, um trauma, ou mau uso dos olhos; você pode dar o passo seguinte em direção a usar os seus olhos com maior eficiência.”

 

Alex Possato é consultor e diretor do Nokomando-soluções sistêmicas

 

Workshop “Cuidar dos seus olhos, melhorar a sua Visão”, com Sylvia Lakeland  e participação da terapeuta familiar sistêmica, Theresa Spyra – próximo dia 25 de abril. Clique aqui para maiores informações (http://www.adijon.com.br/workshop_visao.php)

 

Workshop “O que eu preciso ver – Constelação sistêmica & Self Healing para problemas da visão”, trabalho conjunto da técnica self-healing, com a terapeuta da visão Sylvia Lakeland, e a constelação familiar sistêmica, com Theresa Spyra – dias 16 e 17 de maio – clique aqui

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